Thursday, May 14, 2009

Histórias em fotinhos..












Jonas in the Sky


Que coisas mais lindas e mágicas as ilustrações da Anna Anjos.

Jonas...

O suspiro, a voz, o olhar, o sorriso e o seu abraço. Quando esqueço e finjo que não é verdade, que você apenas fez uma viagem ou que eu simplesmente enlouqueci, fico bonita, vivo e até me distraio.
Mas, na primeira nota da música, no rápido olhar para o céu, na respiração profunda, passos vagos para cumprir compromissos, rezas entre quatro paredes e telefonemas com seus pais, eu desabo e seguro esse choro perante os outros. Eu fico estranha, te chamo mentalmente, te sinto tão tristemente, fico sem saber o que fazer, impotente de te trazer de volta, de impedir qualquer mal... Mas aqui eu, com vida, casa, amor, emprego e família achando que posso reclamar, sem um pingo de satisfação pra agradecer me envergonho, sigo esses momentos sozinha e penso que um dia esse pesadelo vai passar.
Sem vergonha, sem medo e com muito amor, eu rezo o terço, vou à missa agradecer a Deus por tudo que tenho e implorar para que ele te dê a paz.

Cada pessoa que te viu crescer, que pôde contar com seus abraços, risadinhas, amor e companheirismo está despadaçado, sem conseguir explicar o que acontece aqui dentro.

Eu, pelo menos, sei que jamais vou conseguir descrever em palavras todas as sensações e dor da sua partida.
Mas algo me diz que lá em cima, ou em qualquer outro lugar, eu ainda vou dividir muitas coisas contigo e pra sempre vou lembrar.



Ao meu primo mais irmão que primo, Jonas Ângelo Benedetti Dallagnol. Deus o levou, com 21 anos de idade, na noite de 28 de abril de 2009, após quatro dias de resitência na UTI do Hospital Unimed, em Joinville. A causa foi um acidente de carro, entre as cidades de Joinville e São Francisco do Sul, no dia 24 de abril, às 23h.
Sei que não sou a única a passar por isso no mundo e que nunca vou encontrar explicação para tal fatalidade com alguém tão puro e amável. Mas, realmente, o coração fica bem pequeno, a mente fica confusa e as lágrimas sangram lá dentro, por ser injusto e tão inesperadamente levar uma parte de mim e uma pessoa boa da vida.
Amém.